sábado, novembro 27, 2010

- Desculpa pela Falta de Tempo para Atualização do Blog -

Caro Leitores,

Gostaria de me desculpar por não ter atualizado o meu blog com a mesma frequência que eu gostaria. Encontro-me em um período muito intenso de provas e trabalhos, logo, fiquei sem tempo para postar as notícias e informações. 

Mas não se preocupem, a partir da semana que vem estarei de volta com mais tempo livre (assim espero) e com novos "posts quentíssimos". Desejo um excelente final de semana para todos. Nos vemos em breve.

Att,

Felippe Magarão

quarta-feira, novembro 17, 2010

Vestibular Ultrapassado!?!

     "Europeus e americanos têm sistemas antigos e bem estabelecidos de avaliação do ensino médio. Na França há o baccalauréat (que existe desde 1808, dura cerca de uma semana e inclui provas orais), os ingleses têm o que chamam de A-Level (Advanced Level General Certificate of Education, aplicado desde 1951) e nos EUA existe o SAT (Scholastic Assessment Test, que começou em 1901). Em geral, esse tipo de prova exige que o estudante apresente certo nível de conhecimento da língua e de matemática, para então oferecer diversas opções: geografia, artes, ciências, etc. Depois, as universidades usam os resultados em função dos interesses de cada departamento.

     O ponto fundamental é que não se manda todo o mundo estudar tudo. Esse é um problema da educação média brasileira: os vestibulares das universidades mais competitivas criaram uma tal pressão em cima do ensino médio que resulta nesse currículo maluco que temos,com 14 matérias. Outra diferença é de logística: na Inglaterra são cinco as instituições encarregadas de preparar as provas, os examination boards. E, nos EUA, o SAT é aplicado por computador, várias vezes por ano. O estudante se inscreve, marca uma hora, vai lá e responde questões em progressão de dificuldade. Por que não adotar uma tecnologia dessas no Brasil? É maluquice juntar 3,5 milhões de pessoas em salas de aula no mesmo dia para responder às provas com caneta".


     Não estaria na hora de mudar o nosso sistema educacional? Não quero dizer que esses sistemas acima são perfeitos, porém podemos pegar tudo que funciona lá e tentar aplicar à nossa realidade, não concordam? Para ler a reportagem na integra acesse: http://ow.ly/3bq4i

Abraços,

Felippe Magarão

quarta-feira, novembro 03, 2010

Televisão e Educação: Há uma possível relação?

     Primeiramente, gostaria de me desculpar pela ausencia nesse último mês, pois além do feriado, estou começando um período de relatórios e provas. Com isso fica um pouco difícil de arrumar um tempinho para falar com vocês.

     Bem, hoje escolhi falar sobre um assunto muito interessante, a utilização da televisão como um recurso pedagógico. Assim que a televisão surgiu em nosso país, assumiu rapidamente a posição de maior entretenimento nacional, tornando-se uma das fontes de identidade e integração nacional. Uma questão que deve ser considerada quando falamos sobre televisão: o seu poder de penetração e abrangência. A partir de uma pesquisa de Cristina Costa sobre o consumo midiático dos professores, a autora nos diz que:
  1. a televisão é o veículo de comunicação mais utilizado pelos professores;
  2. o programa mais assistido é o que fornece informações;
  3. a televisão é fonte de informação;
  4. é necessário discutir a televisão.
     A educação sempe foi discutida tendo em vista a potencialidade e a percepção da TV como veículo de programas especificamente educativos e a percepção de que os demais programas poderiam ser negativamente influentes.

     No Brasil, temos alguns poucos canais que se dedicaram a falar somente sobre educação. O canal mais conhecido entre os professores é o TvEscola. Vários defensores da televisão advogaram que o objetivo principal da televisão não deveria ser entretenimento e sim educação (BURKE, 2004). Desde então, alguns paises criaram as suas próprias soluções. Na Grâ-Bretanha, os programas educativos foram incorporados à programação geral; nos EUA, houve a reserva de duas centenas de canais para fins educacionais; no Japão, foi criado um canal exclusivamente dedicado à educação. 

     O surgimento de instituições de ensino superior a distância, contribuiu para a incorporação das mídias aos processos educativos. A televisão teve um grande papel nesse processo. Bem, por hoje é isso, ficamos aqui com mais uma coisa para pensar. Como podemos aproveitar esse recurso tão valioso na educação? Como estimular nossos alunos à optarem a assistir um canal educativo e não um com uma programação geral? E em sala de aula, como ele pode ser usado de forma eficaz?

     Pensem, caso desejem discutir mais sobre o assunto, podem deixar um recado ou enviar um e-mail para: felippemagarao@gmail.com

Abraços,
Felippe Magarão

quinta-feira, outubro 14, 2010

Várias Imagens em uma mesma Moldura

Veja o vídeo até o final pois vale a pena.
Espero que gostem, deixe um comentário dizendo o que você achou.

Abraços virtuais,

Felippe Magarão

sábado, outubro 09, 2010

Professor ou Educador?

Falarei hoje sobre "Ser Professor". Se eu perguntasse a você qual seria o professor ideal, provavelmente você diria várias características, tais como, organizado, atencioso, inteligente, etc. Pois bem, muitos autores falam sobre o ato de ser um Educador e ser um Professor.

Segundo Rubem Alves (1991), os professores são "entidades descartáveis", da mesma forma que existem muitas coisas descartáveis. "De educadores para professores, realizamos o salto de pessoa para funções". O educador ideal constrói e habita um mundo em que a "interioridade faz diferença, em que as pessoas se definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos". O professor, ao contrário, é funcionário do mundo empresarial. Um educador é um "fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos".


O que seria então segundo esse autor, um "professor ideal"? Alguns autores trabalharam sobre esse assunto e chegaram em seis aspectos importantes, que são:
  1. O compromisso: a vontade de ajudar a todos os alunos.
  2. O afeto: a comunicação de entusiasmo e carinho dos alunos.
  3. O conhecimento da didática da matéria ensinada: a facilidade para tornar simples a aprendizagem.
  4. O domínio de múltiplos modelos de ensino: a flexibilidade e a habilidade para resolver situações imprevistas.
  5. A reflexão: a capacidade de refletir sobre a prática.
  6. O trabalho em equipe: o intercâmbio de iniciativas entre colegas.
Dessa maneira, o que esses autores descrevem é o desempenho e o envolvimento com o trabalho que os profissionais da educação precisam possuir. Deixo uma pergunta, o que é necessário para preparar o educador (o educador seria o professor ideal)??? 

segunda-feira, setembro 27, 2010

Hábito de Leitura

     A leitura é fundamental na vida do ser humano, pois ela desenvolve no indivíduo habilidades que outros atos não podem fornecer. Muitos pais e professores reclamam pois seus filhos não "gostam" de ler e só querem ficar na frente do computador e da televisão. Na maioria das vezes, isso reflete negativamente na vida do aluno; alguns lêem textos, provas, livros e não conseguem entender o que acabaram de ler; outros nem tentam ler pois têm preguiça. 

     Qual seria então "a solução" para os professores e os pais para resolver esse problema??? Primeiramente, devemos aproveitar os interesses dos estudantes. Então, se eles gostam de algum tema ou assunto, por exemplo, desenho animado, algum filme, podemos pegar esse interesse e transformá-lo em uma motivação intríseca, ou seja, uma motivação que partisse do próprio aluno. 
     
     Dessa forma, esse momento de leitura se tornaria mais prazeroso para eles e iriam desenvolver esse hábito tão importante para nós. Os pais também podem pedir que os filhos leiam "livros on-line", pedindo que eles lhes contem o que eles entenderam, como termina, quem morre, o que eles mudariam, etc. 

     Nesse primeiro momento o que importa é despertar o interesse dele, conforme ele amadurece, introduzimos leituras com um certo grau de dificuldade (números de páginas, palavras específicas, etc). Espero que esse post tenha lhe proporcionado um momento de reflexão e que tenha adicionado algo a mais para sua vida. Nos vemos na semana que vem!
Abraços,

Felippe Magarão

quinta-feira, setembro 16, 2010

Um Vídeo fala mais que 2000 caractéres

Estou participando de um Seminário em Piraí e em um dos debates com Léa Fagundes, ela mostrou esse vídeo que achei HIPER interessante. Talvez, quem se interessar possa procurar mais vídeos desse autor (Carl Sagan) e compartilhar conosco. Segue o embed...

quarta-feira, setembro 15, 2010

PesquisAção - Professor e sua prática

     "A pesquisa é fruto de um processo de fazer e de pensar sobre esse fazer, buscando em referências teóricos, elementos para o desenvolvimento da compreensão sobre esse fazer" (ESTEBAN e ZACCUR). Bem, como deu para perceber, hoje irei falar sobre a pesquisa e a importâcia dos professores serem "professores-pesquisadores". 
     Segundo Paulo Freire, ser um professor implica em ser um pesquisador, para ele os professores constroem sua ação na dinâmica prática / teoria / prática, em um movimeno de ação / reflexão / ação. Nesse perspectiva, o professor-pesquisador é aquele que faz a "leitura" do cotidiano num contexto concreto, considerando as experiências passadas e as experiências presentes, tentando perceber as possibilidades futuras de sua atuação nesse cotidiano, refletindo e intervindo sobre ele, sendo sujeito ativo na construção / reconstrução dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas nas quais atua (FREIRE).
     Então, um professor que pesquisa sabe relacionar a teoria e a prática; para ela a teoria e a prática são complementares e não algo oposto que não se relacionam. Os professores, sabem que muitas vezes é muito díficil arrumar tempo para estudar e se aperfeiçoar. Mas é preciso que façamos um "esforço" para que estejamos sempre estudando e evoluindo nossos conhecimentos.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Aulas de Informática - Além do Computador

Já mostramos que o simples fato de ter a tecnologia dentro da escola, não garante uma mudança na prática de ensino. Temos que saber o que fazer com essas tecnologias para elas contribua para a formação do aluno.

“A instituição escolar vem assistindo ao movimento de inserção de tecnologias em seu ambiente sem, de fato, compreender as suas implicações no trabalho de seus profissionais e na própria formação de seus alunos”. (ARRUDA, 2004)

A informática em sala de aula não pode se basear somente na interação do aluno com o computador e softwares. Deve estar inserida em um currículo escolar e a serviço de uma perspectiva interdisciplinar. Recentemente, conversei com uma Mãe de uma aluna e ela me contou um fato que aconteceu com ela e sua filha. 

A Menina ficou de castigo e a Mãe a proibiu de usar computador para ver e-mails, Orkut, etc. No dia seguinte a Menina teve aula de informática ( se é que podemos chamar isso de aula) porém o professor não tinha nenhuma atividade para os alunos. Resumindo, a Menina ficou verificando seus e-mails, recados, fotos, vídeos, etc. Por coincidência, a Mãe também estava na internet e viu que a filha estava “online”.

Foco aqui no fato do professor de Informática não ser um professor, pois não está educando ninguém e nem acrescentando nada ao conhecimento dos alunos. Porém, essa é a realidade em muitas escolas. As aulas de informática não são aulas, se tornaram momentos onde os alunos “relaxam” das “matérias chatas” que têm na escola. O papel do professor é pegar o seu conhecimento e transformar sua prática de modo significativo, preparando os alunos para as rápidas mudanças na sociedade.   

sexta-feira, agosto 27, 2010

Baixo Salário é = Desistência

Ao ler uma notícia hoje pela manhã, me deu uma tremenda vontade de compartilhar essa informação com outras pessoas. O título da manchete dizia o seguinte: 
 
"Rede estadual do RJ perde quatro professores por dia; 
baixo salário seria motivo da desistência"

     Bem, esse fato explica uma série de problemas que ocorrem na rede pública de ensino. Já parou para pensar na rotatividade? Desmotivação dos professores? A notícia dizia o seguinte: "por causa disso [baixo salário], a rotatividade no setor é muito alta. “Muitos professores não ficam nem um ano na rede. Assim, não é à toa que o Rio de Janeiro esteja no penúltimo lugar do ranking do Ideb”. No último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), referente a 2009, as notas de rede estadual do Rio de Janeiro ficaram abaixo da média nacional em todos os ciclos. De primeira a quarta série, a média da rede estadual fluminense foi 4,0, contra 4,6 na média nacional. De quinta a oitava, foi 3,1 contra 4,0 no Brasil. No ensino médio, 2,8 contra 3,6". 

     Para ler a notícia na íntegra, clique no link a seguir: Portal do Aprendiz. Não seria essa, a hora dos professores se unirem e lutarem por seus direitos? Não podemos desistir; temos que fazer a diferença em tudo que fazemos. 

segunda-feira, agosto 23, 2010

Informática Educativa: uma visão Comportamentalista Parte II

Bom dia! Bem como prometido hoje continuarei falando sobre o uso de Tecnologias em sala de aula e suas concepções. O sistema tradicional de ensino era baseado na transmissão de conhecimento de forma repetitiva e mecânica. Você lembra como foi a sua Alfabetização? Provavelmente você ficava falando em sala de aula: B com A faz BA; B com E faz BE; B com I faz... e por vai...

Eis o choque, esse tipo de aprendizagem não estimula intelecto do aluno, o que não desenvolve uma série de competências que o aluno necessita para sobreviver na sociedade em que vivemos. Mas qual a relação entre isso e as tecnologias? Como eu disse antes, muitos profissionais não estão sabendo como usar essas ferramentas e não conseguem desenvolver uma prática eficaz com seus alunos. Esse vídeo no Youtube, mostra claramente o que eu estou falando. Não é muito longo e vale a pena ver.


Você deve estar dizendo: "Ok, Felippe. Até agora eu to entendo. Mas então como eu posso trabalhar com tecnologia?" Vamos lá; O computador é uma EXCELENTE ferramenta que possibilita o usuário a explorar e construir coisas, ou seja, o indivíduo aprende fazendo. Os professore podem trabalhar com editores de texto, de imagens, planilhas, histórias em quadrinhos, e muito mais. 

Segundo Piaget e Vygotsky (Construtivismo e Socio-interacionismo) o conhecimento adquirido pelo indivíduo atráves da interação do sujeito e o meio, cria uma relação subjetiva com a pessoa, internalizando o conhecimento e tornando-se eficaz. Além de ferramenta de trabalho e estudo o computador também serve como meio de comunicação (que atualmente é o mais utilizado), então porque não se comunicar com os alunos pela web? Mesmo sendo uma aula presencial, você pode utilizar outros recursos para se comunicar com os alunos.

Vou ficando por aqui. Espero que essa conversa não tenha ficado muito longa e tenha adicionado algo para o seu conhecimento. Abraços virtuais.

Felippe M.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Informática Educativa: uma visão Comportamentalista Parte I

Você com certeza já ouviu alguém falar o termo "Informática Educativa". Embora seja um termo relativamente "novo", podemos dizer que ele é ultrapassado. Você sabe por quê? Quando dizemos Informática Educativa esta subentendida que a Informática por si só educa, porém a formação do sujeito só será completa se ele receber uma orientação “correta” ou direcionada nos caminhos eu deve percorrer. Vamos colocar alguns fundamentos teóricos nisso.


Provavelmente você já ouviu falar em Watson e Pavlov... não? E Skinner? Esses teóricos fundamentaram a sua pesquisa na teoria do Comportamentalismo ou Behaviorismo. Nessa concepção, o aluno aprende por memorização e repetição; há um condicionamento onde o individuo recebe o estimulo e na mesma hora deve dar a resposta. Porém, para que uma aprendizagem seja eficaz e se torne significativa para um individuo, é necessário que a informação se processe em nosso cérebro, para que então tenhamos uma resposta única e singular.

Existem vários tipos de jogos educacionais que reforçam essa concepção. Aqueles jogos onde o bonequinho pede uma bola azul e a criança tem que dar uma bola azul. Caso ela esteja errada o bonequinho diz: “Você está errado. Tente de novo”. Esse tipo de situação não proporciona uma aprendizagem significativa para a criança, pois ela apenas irá responder alguma coisa pronta. Ao escolhermos utilizar um software ou outra tecnologia para ensinar às crianças, temos que pensar qual o significado esta atividade irá proporcionar para a criança.

As Tecnologias tanto servem para reforçar uma visão conservadora e individualista, como uma visão progressista. Na semana que vem irei continuar falando sobre esse assunto que merece uma atenção especial. Até breve.

terça-feira, agosto 03, 2010

Orientação na Informação

Hoje vou falar sobre a quantidade de informações que estamos expostos na sociedade. O advento da Internet e a Globalização reduziram a distância física entre os indivíduos, facilitando a transmissão de informações. Com isso, a sociedade em que vivemos, a cada dia nos “força” a sabermos SEMPRE de TUDO. Isso pode ocasionar a superficialidade do conhecimento. Nesse contexto, o que importa é a quantidade de informações dominadas e não a qualidade das informações.


Mas muitas pessoas ainda não conseguem dominar tantas informações, e na maioria das vezes não sabem o que fazer com elas. Como os professores podem preparar os alunos a receberem essas informações e fazerem algo útil com elas? Os professores também teriam essa dificuldade? Nessa “nova” sociedade o professor pode direcionar os assuntos que os estudantes devem dominar e fazer com que eles utilizem toda essa informação de forma eficiente.

quinta-feira, julho 29, 2010

Onde Estão as Mudanças? (Resultado ENEM 2009)

Hoje irei falar de um assunto que todo mundo conhece, o ENEM. Sabemos que o ENEM é uma prova (uma das mais polêmicas) que visa avaliar o conhecimento dos alunos das escolas tanto públicas, quanto provada. Mas você sabe qual o objetivo principal dessa proposta? Segundo o site do INEP-ENEM “a proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio” (Trecho retirado do site).

O fracasso dos colégios públicos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) de 2009 se tornou pauta dos principais veículos de comunicação do país. Segundo as notas no Enem, apenas duas escolas do governo aparecem na lista das 20 melhores do país. E ambas são ligadas a universidades.

São elas o colégio de aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG), o melhor público do país e 7.º no geral, e o colégio de aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em segundo lugar entre as instituições públicas nacionais. Nessas privilegiadas escolas, por serem ligadas a universidades, quase todos os professores têm mestrado e doutorado e ganham salários de docentes universitários. Além disso, os estudantes contam com atividade extra, ou seja, complementação de práticas além do horário formal de aulas. Esse quadro realista mostra a desigualdade entre as instituições públicas do Brasil.

Agora vem a indignação: “Ok, as escolas públicas não tiveram um bom resultado, e agora?” Agora está na hora do governo implantar mudanças na estrutura do ensino que reflitam uma mudança nesse triste resultado que temos, com as provas do ENEM. Esta na hora de avaliá-los buscando, mais do que simples informações estatísticas; é necessário buscar soluções para qualificar o ensino.

Uma das possíveis soluções é a Educação a Distância (EAD), visto que no mundo globalizado em que nos encontramos, o uso de equipamentos tecnológicos fazem parte do cotidiano dos alunos e de quase todas as atividades. Por que não utilizar um método de ensino, que tem como aliado ferramentas técnicas contemporâneas capacitadas a resultados positivos no ensino?

Vale a pena lembrar que a EAD pode ser aplicada como um auxilio nas aulas presenciais, como um material de apoio, reforço ou mesmo para resolver as dúvidas dos estudantes. Devido ao seu baixo custo, a implementação da EAD no Brasil poderia propiciar mais qualidade na educação brasileira.  A interação entre os métodos presencial e a distância pode ser um caminho mais do que recomendável para atingirmos bons resultados na educação.

quinta-feira, julho 15, 2010

Ambiente Virtual de Aprendizagem

     Você sabe o que é um AVA? Atualmente com a evolução da Educação a Distância em diversos cursos, surgiu a necessidade de criar um Ambiente que proporcionasse a Aprendizagem aos alunos, levando em consideração os objetivos do curso ou da disciplina. AVA significa Ambiente Virtual de Aprendizagem. Podemos dizer que AVA seria o site onde o aluno encontra as informações sobre as disciplinas, conteúdos, links, exercícios, etc.

     São poucas as plataformas que são “flexíveis” aos diferentes objetivos de cada disciplina. Hoje irei falar sobre a plataforma Moodle. O Moodle é um software livre, ou seja, gratuito. Com isso, muitas pessoas já acham que por ser grátis não é bom. A Plataforma Moodle abre perspectivas interessantes para a criação de um curso a distância. Dentre todas as ferramentas disponíveis para a educação, a Plataforma Moodle é certamente uma das mais modernas. É uma ferramenta virtual democrática voltada ao ensino é imprescindível para derrubar as fronteiras da exclusão. Além de ser de fácil utilização para o professor, essa ferramenta também é intuitiva para o aluno.

     Ele possui várias ferramentas que facilitam o trabalho do professor na hora de corrigir trabalhos, questionários e exercícios. O Moodle tem sido usado com sucesso por instituições que vão desde a educação básica até a educação superior, em todas as áreas do conhecimento incluindo arte, linguagens, humanas e matemática. Está também estabelecido no ramo da educação continuada e ambientes de treinamento governamentais e corporativos. O Moodle pode ser configurado para atender a sua instituição da melhor maneira basta ter um programador, para configurá-la da forma que você desejar.

     Caso deseje aprender um pouco mais sobre o Moodle, visite o site do grupo de estudos EaDMoodle. “Este site é uma iniciativa de professores e pesquisadores amantes da Educação, principalmente relacionados a área de Educação a Distância. A preocupação de compreender os caminhos do aprendizado, as formas de criar interação e colaboração em sala de aula e as estratégias de motivação para aprender, são nosso foco principal” (EaDMoodle).

sexta-feira, julho 09, 2010

Aula de Informática

Hoje vou falar sobre uma experiência que estou vivenciando, dando aula de Informática para crianças na Educação Infantil. Eu ainda não atuo em sala de aula como um professor, tão pouco tenho experiência em sala de aula, o que me deixou mais nervoso quando recebi o convite de dar aula de informática, para um grupo de crianças que nunca mexeram em um computador. 

A primeira coisa que eu me perguntei foi: "O que eles sabem sobre essa ferramenta?" e depois verifiquei com a professora o que eles estão aprendendo com ela, para então criar o meu plano de aula. Tive 5 dias para montar a aula, não foi tããão difícil como eu pensei que seria. Então vou descrever como foi a aula...

Primeiro peguei um mouse desconectado e perguntei para eles o que era aquilo. Nenhum deles sabiam para quê servia, mas 1 sabia o nome, "MOUSE". Então expliquei para eles qual a função do Mouse. "Direcionar essa "setinha" no monitor do computador. Com o Mouse ela vai para qualquer lugar na tela". Enquanto eu falava isso, eu pedi para eles irem mexendo no mouse para se "adaptarem ao movimento". 

Depois abri o Paint, e dei um breve descrição das ferramentas e mostrei qual iríamos usar na aula. Mostrei aonde estava a caixa de cores e como eles fariam para selecionar as cores desejadas. Em seguida, copiei um desenho de um mouse e pedi para eles pintarem com o "Balde de Tinta". A maioria teve muita dificuldade em controlar a seta e não conseguiam escolher as cores e quando clicavam, arrastavam o mouse sem querer, pintando em outro lugar. 

Em seguida, todos pintaram os seus Mouses. Eu dei um "outro Mouse" para eles pintarem...o Mickey Mouse. Esse desenho já foi um pouco mais complicado de propósito. Com várias linhas e espaços que deveríam ser pintados. A aula durou cerca de 50 min. No final eles virão os seus desenhos e gostaram muito. Na próxima semana eu também irei dar outra aula para eles com um pouco mais de "complexidade".
 
A postagem dessa semana foi um pouco diferente, pois não apresentei nenhum conceito ou discussão, mas espero que tenha gostado. Nos vemos semana que vem!! Até breve...

terça-feira, junho 29, 2010

Conhecimento Prévio e Científico parte II

     Já que estamoa falando em aproveitar o conhecimento que o aluno possui, porque não falar do que eles sabem sobre Futebol? Vimos anteriormente que quando os conteúdos escolares são relacionados com um conhecimento que o aluno já possuí, ele se torna mais significativo para o indivíduo. Hoje irei falar sobre alguns conteúdos que podemos abordar relacionando com algumas disciplinas. 

     Em Geografia, podemos falar sobre o espaço geográfico, estudar mapas, situação socio-economica dos países, etc. É possível fazer um trabalho com toda a turma separando os grupos por continente e pedindo que pesquisem sobre a cultura desses países, etc. 
Já em Matemática, o professor pode desenvolver um trabalho para introduzir conceitos estatísticos. Por exemplo, criar uma tabela com os paises da copa analisando a quantidade de vezes que eles já participaram da Copa, com o resultado pode-se criar gráficos, tabelas e muito mais.

     Em História o professor pode explorar o conhecimento que eles têm sobre os países e estudar o passado dos países: como se formaram, como foram descobertos, como viviam quando Colônia, etc. Um professor que consegue relacionar a sua matéria com outros conhecimentos, terá um excelente resultado ao ver seus alunos se dedicando mais ao estudo, pois estarão motivados e com fome por aprender.

sábado, junho 26, 2010

Conhecimento Prévio e Científico parte I

      Aprendemos na Graduação que para que o aluno compreenda bem os conteúdos escolares, é necessário que os conhecimentos que o aluno já possui sejam relacionados com a matéria. Inúmeros autores basearam suas obras nessa teoria, tais como: Paulo Freire, Libâneo, Kleiman dentre outros. "Ok, temos que aproveitar o conhecimento que o aluno trás consigo, mas como eu faço isso? Isso parece muito impossível!"

     Com tanta tecnologia em nosso dia-a-dia, as crianças e jovens de hoje, desenvolveram uma "habilidade inata" para usar os aparelhos eletrônicos. Parece até que eles já nascem sabendo. 
      
      Imagine um professor de Matemática que está explicando para seus alunos, sobre as formas geométricas em um quadro negro. Ele desenha todas aquelas formas e começa a falar aqueles nomes complicados: aresta, escaleno, obtusângulo, acutângulo, dentre outros. E um problema finaliza a aula: de um lado os alunos frustrados pois não entenderam nada, e do outro o professor chateado com o resultado que obteve com sua aula. Como ele poderá aproveitar algum conhecimento dos alunos??? 
   
     Chegando em casa, o professor vê seu filho de 11 anos desenhando no "Paint" as formas que ele tentou explicar para seus alunos e eles não conseguiam entender. Na aula seguinte, o professor levou os alunos para a sala de informática da escola e passou uma atividade para os alunos, onde eles teriam que desenhar as formas geométricas no Paint ou em qualquer outro programa que os alunos quissessem. O professor se impressionou com o resultado. 

    A maioria dos alunos conseguiram compreender facilmente os conceitos ensinados, pois estavam "mais seguros" utilizando algo que fazia parte do cotidiano da maioria dos alunos. 
Esse é um exemplo bem simples de como um professor pode aproveitar o conhecimento que o aluno possui e usá-lo em sala de aula.

sexta-feira, junho 18, 2010

TICs em sala de aula

Bom dia caro Leitores,

     Recebi vários e-mails esta semana pedindo que eu falasse um pouco sobre o uso de Tecnologias em sala de aula. Então esse será o tema de hoje. Com todos os avanços tecnológicos e um mundo cada vez mais globalizado é imprescindível que o projeto pedagógico das escolas se aproxime da realidade de muitos jovens e crianças. Porém, alguns fatores inviabilizam que isso ocorra na prática docente. Vou listar alguns desses fatores, que são: 
  •    O despreparo do professor para conseguir usar tecnologias em sala de aula. Quando professor sai da graduação e se depara com uma prática tradicional e não democrática. Se sente desestimulado a mudar algo, pois ainda há muito preconceito sobre as Tecnologias em sala de aula. Para reduzir esse problema alguns Estados no Brasil estão disponibilizando Cursos de Formação Continuada para Professores. No Rio de Janeiro é possível encontrar esses cursos no CEDERJ. Os cursos são gratuitos e online, o que permite que os professores façam o curso e continuem atuante em sala de aula.

  •  A falta de recursos tecnológicos nas escolas. A maioria das escolas não possuem os recursos tecnológicos necessários, Esse com certeza é um grande fator que inviabiliza o uso e a integração das TICs no cotidiano escolar. 

     
      Existem inúmeros outros fatores que inviabilizam o uso das Tecnologias, vale a pena fazer uma pesquisa e refletir sobre os outros fatores. Mas agora uma pergunta clássica, “O uso das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) facilita o interesse dos alunos pelos conteúdos?”
     Adivinhem só, a resposta é SIM! Quando nos referimos às tecnologias digitais, às novas linguagens, temos que lembrar que estas já fazem parte do cotidiano dos alunos. Os estudantes chegam com o pensamento estruturado pela forma de representação criada pelas novas tecnologias. É fundamental o professor aproveite a bagagem de conhecimento que o aluno já possui e use-a como um recurso em suas aulas.

Felippe M.

terça-feira, junho 08, 2010

Recursos Educacionais em Sala de Aula

     É preciso democratizar os comuptadores nas escolas e capacitar os professores para atuarem com seus alunos, afim de que usem o computador como alternativa de ensino e aprendizagem. Devido a sociedade em que vivemos e a relação que ela possui com a tecnologia, é fundamental para o professor usar o computador na escola. Algumas justificativas que mostram a importância do computador em sala de aula:
  • são úteis na aprendizagem desde que não substituam o professor nem levem os alunos a se tornarem dependentes deles;
  • estimulam a pesquisa para o estudo dos conteúdos curriculares;
  • possibilitam os indivíduos a conhecer culturas diferentes e viajar pelo mundo, a distância;
  • são viáveis na escola, desde que relacionados a atividades quedesenvolvam capacidades cognitivas;
  • despertam o interesse das crianças para as atividades propostas em sala de aula, contribuindo para sua formação, por meio de uma metodologia simples, construtiva e adequada.
     Hoje, o computador é visto com objeto cultural. Utilizar o computador em sala de aula, cria um diálogo entre o olhar transdisciplinar e a especificidade metodológica de cada área de conhecimento é indispensável. Além de todas as justificativas acima, a tecnologia - não somente o computador - incentiva a construção coletiva do conhecimento atráves do debate, da discussão, da crítica, da criatividade e do estímulo a autonomia.


     Encerro a discussão de hoje com uma pergunta que ainda não possui uma resposta definida: Qual o papel da escola na sociedade tecnológica, na era da informática? E qual o papel do professor?

     Tem alguma sugestão, crítica ou opinião? Gostaria de saber sobre algum assunto específico? Entre em contato pelo e-mail: felippemagarao@gmail.com e fale me o que você pensa. Não esqueça que é muito importante dividir o seu conhecimento com outros, para que ele não se torne obsoleto.

Obrigado pela visita,

Felippe Magarão

segunda-feira, maio 31, 2010

Reflexão é a chave

     Durante muito tempo, a forma como os professores transmitiam o conhecimento criava alunos sem opinião própria e incapazes de refletirem sobre o que "aprendiam". Em matérias como Ciências, Geografia ou Biologia os alunos precisavam memorizar nomes e palavras complicadas e na maioria das vezes, não faziam a menor idéia de como aplicar aquilo no seu dia-a-dia. Em disciplinas como Matemática, Física e Química, precisavam decorar fórmulas e expressões que também não faziam nenhum sentido para eles.

     Várias pesquisas forma feitas sobre o processo de aprendizagem do aluno, para que os conteúdos ensinados na escola se tornassem algo significativo para eles. Paulo Freire nos ensina que a partir da alfabetização, já é possível iniciar esse trabalho com os estudantes, trazendo a realidade deles para dentro da escola e vise versa. Apesar de tantos estudos e pesquisas realizadas, pouco se tem aproveitado desse conhecimento em sala de aula.

     Como o professor pode trazer esse conhecimento gerado para dentro da sala de aula? Uma série de fatores impede os professores de buscarem por novos conhecimentos, para aperfeiçoarem sua prática, tais como: a falta de tempo dos professores, visto que a maioria deles precisam trabalhar em 2 ou mais escolas para conseguirem um salário mensal razoável; um currículo "pesado" que não leva em consideração as especificidades dos alunos e o contexto em que estão inseridos, obrigando os professores a "correrem" com a matéria (nesse caso, o que importa é se o professor ensinou todo o conteúdo para o aluno e não se o aluno aprendeu todo o conhecimento ensinado pelo professor). Esse último exemplo é o que Paulo Freire chama de "Educação Bancária", onde o aluno é visto com um mero receptor de conteúdos e o professor é o único que detêm o conhecimento. Nesse contexto, cabe ao aluno apenas receber informações, não importando se elas foram aprendidas ou não.
     
     Se você é professor, sabe das dificuldades que passamos em sala de aula. Em sua opinião como educador, é possível, em meio a tantos problemas, lecionar levando em consideração as diferentes realidades presentes em sala de aula? Se for professor, fala um pouco da sua experiência. Caso não seja, você se lembra quando estava na escola como o conteúdo era ensinado à você? Você era conduzido a refletir sobre o conhecimento aprendido?

     A sua resposta e opinião é muito importante para mim. Compartilhe o seu conhecimento!!! Espero que tenha gostado da publicação acima e caso tenha alguma sugestão, crítica ou recado entre em contato pelo e-mail: felippemagarao@gmail.com

Obrigado por nos visitarem, até semana que vem.

Felippe Magarão

quarta-feira, maio 26, 2010

Valorização do Professor

"A Secretaria da Educação do Estado de SP autorizou a contratação de professores que não tenham prestado exame de seleção, contrariando resolução anterior (...) Na primeira avaliação dos temporários, neste ano, o total de aprovados foi insuficiente. Mesmo reprovados foram os candidatos foram convocados. Agora, até quem não foi examinado pode ser chamado".

Essa é uma reportagem extraida da Folha.com o que mostra o descaso com os professores. Quem já estudou a História da Educação Brasileira sabe que a nossa profissão já foi bem respeitada e valorizada. Porém, com os "avanços da sociedade" a profissão foi se desgastando e os problemas só foram se agravando, resultando na educação que temos atualmente.

Não seria agora a hora de repensarmos sobre o que é valorizado e desvalorizado na sociedade? Quão longe isso pode chegar, caso ninguem faça nada? Estaria na hora de uma "Metamorfose" na Educação Brasileira?

Você como cidadão, estudante ou professsor, o que acha sobre essas questões? Envie-nos suas críticas e opiniões.